sexta-feira

sobre entregas

A vida é feita de entregas.


E dessa vez eu explico meus porquês.

Para qualquer coisa que se faz nessa vida há inúmeras experiências, inúmeros pensamentos, élans, caminhos, decisões, escolhas. Cada um leva a horizontes de outros pensamentos, experiências, e daí por diante, num ciclo interminável até o último segundo de nossa vivência.
Matematicamente falando há sempre possibilidades de algo ser bom ou ser ruim, dar certo ou dar errado; mas o que nem sempre se pensa é que pode ser bem e ruim ao mesmo tempo, certo e errado ao mesmo tempo. Afinal, o que tais palavras designam? Uma moral imposta pelos nossos pais e pelo mundo ao nosso redor? Uma condição? Uma mera palavra que pode ter seu significado abstraído e/ou simplesmente esquecido? O certo e o errado, por sinal são tão mutáveis quanto um rio - a maravilhosa decisão tida por nós mesmos como certa naquele exato momento podem tranformar uma parte toda da sua vida em algo que você mesmo apontaria e condenaria como errada bem como algo muito errado pode mais tarde ter sido certo. Aquele lance bíblico de Deus escrever certo por linhas tortas, sabem? Não sou religiosa mas isso certamente resume em muito o que escrevo aqui...
Ainda matematicamente falando, se pensarmos dessa maneira então, haveríamos de ter a certeza de enlouquecer o quanto antes; o que nos leva a não filosofar nem minimamente pensar sobre futuro/destino/escolhas/possibilidades/etc/sabe-se lá o que acreditamos. Assim então, viria o sofrimento com muitos pensares e escolhas e fatos e possibilidades e "erros" e "acertos", o que nos traria o medo de fazer qualquer coisa nessa vida.
Logo, não se viveria plenamente.

Aqui concluo minha primeira parte de pensamento, o que de uma forma ou de outra me leva à segundas partes. Eis então uma delas:

De que vale viver com o medo das possibilidades de chances erradas, impossíveis, furadas? Principalmente se não nos é imposto pensar assim e acabamos sempre chegando a esse medo comum? Medo de viver... Realmente não me parece nada confortáel ou satisfatório. Temos medo enquanto dá certo de depois dar errado. Só nos resta [só me resta] a entrega. Sabendo das chances. Entregar-se enquanto tá certo e depois nos resolver conosco e com o mundo quando estiver errado e partirmos pra outras entregas. Entregar-se às amizades, ao trabalho, aos pensamentos, aos amores. De repente dá mais medo entregar-se até, mas pelo menos ao meu ver é uma vida um pouco menos medíocre.

Aqui já começo a me perder em minhas palavras. Mas pra mim, de qualquer forma, por enquanto o "certo" ou o "mais certo" é a entrega. E quando eu quebrar a cara de novo talvez eu mude de idéia. Até lá, fico aqui, a me entregar.

sábado

sobre a vida

A vida é feita de entregas.





sem mais.

quinta-feira

Eu estava pensando... será que algum dia terei girassóis e "Something"? Ou isso é só coisa de filme?
Talvez eu deva participar de um filme então.






Que seja.







Viajar pra longe por tempo indeterminado um dia me pareceu um grande atrativo e algo mais que certo nas minhas vontades, necessidades e desejos.
Hoje já não tenho mais tanta certeza assim.
Talvez sentisse falta da cama, do lençol, do travesseiro. Das prateleiras com dicionários, Allan Poes, Garcías Marquez, Marcelos Rubens Paivas, Aldous Huxleys. Dos meus G'N'R'S's e Lobões, dos Tarantinos e Kubircks, das Björks e P. J. Harveys. Dos Besouros e das Morfinas. Daqueles que iriam no coração. No corpo. Na mente.

Me sinto tão apertada agora... Acho que é a primeira vez em muito tmepo que essa conseqüencia vem de outras causas. Até sinto um medinho. Uma ansiedade pra falar direito.

Tá tudo turvo à minha frente. É como se fosse um vidro num corredor longo, profundo e escuro, e como se essa passagem fosse de fumaça; não sei o que se sucederá.
"it feels so right, so hold me tight..." (???)



absolutamente descontrolada, perturbada, desnorteada, indecisa, incerta, imobilizada, fragilizada, amedrontada.
absolutamente apaixonada.
entregue.
ridícula e insuportável.
chorona, sucetível e babona.
absolutamente entristecida.













absolutamente amando.






estou insône, louca, naturalmente bêbada, dopada, desligada.
estou enjoada. o único frio que sinto é o do meu estômago nervoso e ansioso. não sinto fome. não sinto vontade de dormir. comer. nada.
não sinto vontade de nada, sinceramente.
nada.

me sinto absolutamente impotente.






um chamado de socorro:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH




(que merda. que merda. desabafos...)
(cheguei à conclusão de que... o que era pra esse blog ser, e foi, e não sei mais se é, se perdeu... era pra eu esvaziar a cabeça e conseguir noites menos insones. de que adianta?)