sábado

Sobre o "como vai"

Um vazio imenso me retornou, como se eu tivesse perdendo o chão de novo. No momento chove, chove sem parar há dias. E por algum motivo tenho plena certeza que não é apenas por ser verão. Há nuvens, nuvens demais, todos os dias, dias nublados, dias cinzas, dias feios, dias chatos, dias melancólicos, tristes, tristes e sós. Solitários que nem o amor me faz sorrir.
No momento chove, chove sem parar há dias. Vontade de que eu estivesse chorando sem parar há dias, que eu estivesse gritando sem parar há dias. Quem sabe tudo isso sumiria.
Odeio a mesmisse, o tédio, essa coisa parada que nem a chuva e o vento de dias e dias consegue dar uma agitada.
Cinicamente, ouvindo Jorge Ben, o mundo me diz que domingo dia 23 é dia de São Jorge passear pela vida. Cinicamente domingo dia 23 é amanhã.

Odeio domingos.
Odeio domingos.

Há umas horas atrás pensei na morte e acabo de me lembrar que isso tem sido um pensamento recorrente.
Acho que preciso viajar pra Bahia, enjoar do vento e do sol e voltar pra vida normal. Lembrei-me que a mesmisse me incomoda tanto. Preciso de novidades. Acho que um tapa na cara serve. Nunca levei um tapa na cara. Nem nunca dei um. E sempre que sonho comigo dando tapas na cara acabo por me frustrar, eles nunca tem força o suficiente pra fazer ventinho.
Sobre a coisa de gritar por dias, acho que seria o melhor no momento. A rouquidão no momento seria algo aprazível.




Nunca soube porquê cheguei a divulgar esse blog. Minhas coisas divulgadas são como berros cochichados na tentativa carente de atenção sem querer admitir tal vontade pra vocês e pra mim.
Não?