sábado

30.mai.09 00:20

Sabe aquela velha "não é você, sou eu"? Pois é. Serei piegas, logo aviso.



Cansei. Cansei da putaria. Cansei da bagunça. Quero algo de verdade, algo sério.
Não é você, não são vocês, garanto. Sou eu. E minha vida. Tá tudo errado, tudo torto. Você, vocês, me fazem muito mais que bem e quero a todos intensamente (como tudo, claro). Mas não quero mais essa situação, essas situações, todas fudidas, tudo fudido, me fodendo. Tudo.

(Não dá mais pra dançar a noite inteira)
Quero ir pro bar e ficar sentada. Bebendo. Fumando. Jogando conversa fora. Matando a saudade.
[Quero ir pro cinema e ficar sentada. Vendo o filme. Dormindo, sei lá.
[Quero ir sentar pra comer. Compromisso.
[Compromisso comigo, com a minha vida.]
Quero ir pro bar e amar. Quero fazer amor. Conversar. Me gastar. Te gastar. Gastar todos vocês. Me estragar, me findar. Isso é viver. E isso é morrer de certa foma e eu sei disso mais que muita gente. E vocês também sabem. (E eu sei que alguns de vocês sabem que eu sei demais disso tudo.)
Mas isso também é viver.



Tá tudo errado. Quero coisa séria. Quero coisas sérias.
Não dá mais assim.
Minha vida está em pleno ou quase pleno descompasso e desacordo com o que quero pra mim e com o que sinto (e talvez aqui um "com o que quero sentir" caia bem).
Muitas vezes pra mim o mundo esteve torto. Hoje a desencaixada sou eu.
Sofro. Tô sofrendo. Mas sempre sofri, sei, e sempre vou sofrer e muito. Assim espero. Senão não tem graça. Tudo me é muito intenso, vocês sabem.
Sabem?
Alguns talvez o saibam. Poucos, muitos, não importa.
Como eu, certamente ninguém nunca vai se sentir. Experiências são únicas assim como os sentimentos o são e têm significados diferentes e levam a caminhos distintos.

Mais especificamente agora, isso tudo me desagrada. E "desagrada" aqui é muito fraco. A real é me me faz mal, muito mais mal do que digo suportar. Do que finjo suportar...
Não sou de ferro, ouçam bem.
Admito. Sei que afirmei e afirmarei tal besteira mais vezes do que posso e poderei me lembrar. Sei que fingi e fingirei ser mais vezes do que posso e vou poder contar.
Não sou de ferro.
Amém. (Amém?)

Vou explicar o "isso tudo":

...O fato é que você me faz tão bem e isso tudo é tão forte, tão imenso, tão intenso que mal posso descrever. E te gosto tanto... é tanto carinho, tanto gostar, tanto bem-querer, tantos tudos. Só o sorriso já me é delicioso. Não. Só o cabelo. Não! O olhar. Ou melhor, o cheiro. Ou seria a saliva, ou... não. Não sei. Sei: tudo. É demais. Me faz tão bem, tão feliz, tão melhor. E eu poderia dizer que cada um desses todos-tudos me é suficiente. Mas não é, não basta. É tanto amor que talvez nunca será suficiente.
...Um descuidado imenso com o que tal palavra pode causar, sei disso. Mas ao mesmo tempo acho que muito cuidadosamente colocada. Creio ser o certo. Creio ser o real. Por quê não então?



É isso. É tudo isso, isso tudo, sabe?



Quase tenho certeza que, por me ser tão bom, você, me colocando nessa situação (e eu me deixando e me colocando nessa situação), me faz mal. Não você. A situação, entende? Auf Ausche.



Fora isso, o resto me tem sido insuficiente. Não dá mais. Me repito e não consigo concluir. Acho que me esgotei nas palavras. O que me é conhecido também é insuficiente para me expressar. Para regurgitar tudo isso tudo da maneira apropriada. Mas é o melhor que posso fazer.

Vêem? Tudo é incerteza, tudo é insuficiente. Tenho algumas poucas certezas no momento. Mas as direi pessoalmente. Ou não.

Tá tudo errado. Tudo errado.

quarta-feira

Insone, obviamente.
[ou seria insône, não tão obviamente?]