quarta-feira

Sobre as formas de amor

mesmíssima.

"Toda forma de amor é válida"[?]

Sobre as formas de amor

a mesma.

"Toda forma de amor é válida."
a mesma madrugada.

"Esquece este drama ou o que for, vem comigo"
mesma madrugada de 25.fev

Hoje o dia estava cinza e me dei conta do porquê não gosto de dias acinzentados: o tempo não passa. Ou melhor, parece não passar. Durante a manhã até começar a escurecer, parece o tempo todo que são três-e-meia-da-tarde.
Não gosto de dias cinzentos.

Sobre o sentir e a dor

mesma madrugada de 25.fev

Amores e pensamentos me dóem. Mas acho que sou isso, desde que me conheço. Sou dor.
Acho que sem dor não vivemos. Viver é sofrer, seja esse sofrimento maravilhoso ou terrível e é isso que nos move. Essa dor nos move. A falta dela traz acomodação e eis uma coisa que não quero pra mim.

Apesar de a conveniência ser estável e segura, ela pára (com acento ou sem acento?) sua vida. E então seguimos a uma parábola decadente, até a nulidade ou pior: até a dívida. A dívida para consigo mesmo, para com o mundo.
É. Há muito o que se fazer nesse e nessa vida. É, acho que prefiro sofrer e prefiro que doa. E gosto disso.

Tentativa de algo sobre a inconstância

madrugada de 25.fev

É fato. Ou talvez não seja... Talvez eu só queira acreditar que sim. Meu modo de viver é inconstante. Meu modo de querer é inconstante. Meu modo de fazer, de ter, de pensar é inconstante.
É como se dentro de mim houvesse um oceano. Há uma maré que sobe e desce, vem e vai, traz algo e logo leva. Às vezes traz algo que fica ali, na orla, na areia, parado, que fica. Às vezes fica por muito tempo ou pode logo ir embora. Ou posso pegar e guardar, como recolho conchinhas. Muitas delas um dia devolvo.
Amo também assim. Um amor ondular, pendular, oscilante. Amo de um jeito às vezes tão intenso, tão forte, tão grande, tão doído.

Ou será que só acho assim? Morro de amores e logo odeio para voltar a amar.
Meus pensamentos voam, chegam e vão. Alguns às vezes ficam, encalham, incham e não os suporto mais. Às vezes logo esqueço.

Acho que sou como o tempo. Há as chuvas do verão de fevereiro, que chegam num baque, densas e tensas. E logo vão. Há as chuvas estilo "dominical": chegam devagar, ficam, demoram-se algo que às vezes parece uma eternidade e vão indo embora, devagar.

Às vezes não me entendo. Ok: muitas vezes [muitas] não me entendo. Será que você se entende? Tenta, ao menos, entender?
Talvez essas perguntas e suposições não tenham respostas ou porquês ou, se tiverem, trazem outros questionamentos.

E então talvez seja isso, talvez a vida seja feita de inconstâncias e questionamentos eternos.
E você? Questiona-se? E sua vida? É estática?