domingo

Sobre entregas

Se eu me entregasse... se eu me entregasse acho que eu estragaria tudo.
Sabe? Seria como te entregar o ouro.
Sento, penso, choro algumas poucas lágrimas doídas e duras, cristalizadas. Aí penso mais e mais. E ainda tem tanto pra chorar, desse tanto que sinto, que doi, que faz doer, desse tanto pensar, tão intenso, tão denso, denso, denso. Tão denso e turvo que já nem sei mais o que pensar, já não sei mais o que penso realmente.
A única coisa que sei é que decidi me entregar. Eu tentei te amar mas vc não sentiu e não acho que eu vá te mandar a Portugal de navio, sabe?
Não, você não sabe.

Tentei parar e me acalmar... e tudo o mais, (...) mas a única coisa que consigo fazer quando não penso nisso tudo é bloquear o único fato que eu tenho certeza: gosto de você.
Gosto e já gostei mais. E poderia gostar muito mais se deixasse. Não eu, você, claro.
É tenso, é forte. É bom. Poderia ser bom.
Aí quando eu decido me entregar tudo se esvai e eu chego à conclusão de que talvez suas vaidades te valham mais que minhas verdades. Não que não as aceite ou não as entenda ou que não as preze -SEI LÁ!- mas esse lance todo do charme... Eu não sei.

E se eu dissesse isso tudo e só servisse pra inflar egos?
Tanto medo. Vejo e sinto um oceano imenso a minha frente, tão interminável que nem sei mais se ainda consigo pensar que há você do outro lado.

Não sei, não sei e não sei, sabe? É claro que não.
Ainda morro de amor.

3 comentários:

MACK disse...

amo tanto vc.. e sinto sua falta, sabe?. =/

ahhhhh be disse...

não pensar. sentir.

Ligia Carrasco disse...

a forma mais doída, mas mais interessante. e mais vida.